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Meditações
Por Karl Haffner
Cura para o Cansaço da Alma
Em nossa era de extrema fartura, estamos mais famintos do que nunca no que diz respeito à alma.
O profeta Isaías sugere que qualquer pessoa está sujeita ao cansaço espiritual: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40:30-31).
Até mesmo os jovens sentem a ameaça iminente do cansaço da alma. O ser humano sofre de inanição espiritual crônica. David Green, editor do U.S. News & World Report, escreveu:
“Os homens e as mulheres de hoje são perseguidos pela sensação de que, mesmo em meio à fartura, a vida deles parece estéril. Temos fome de uma nutrição mais substancial da alma.” Na Inglaterra, um executivo que se tornou filósofo, Charles Handy, ficou conhecido por seus escritos. O capitalismo, ele questiona, nos traz os meios, mas não o significado da vida. Agora que satisfizemos nossos desejos exteriores, devemos prestar mais atenção ao nosso interior – devemos ir em busca da beleza, do crescimento espiritual e da conexão humana.
Enfim, qual é a solução para o cansaço da alma? Isaías declara que a solução é esperar. Os que esperam no Senhor serão renovados. Mas esperar não é algo natural para muitos de nós. Odeio esperar. Não gosto nem um pouco quando alguém do outro lado da linha diz: “Estou recebendo outra ligação, você pode esperar um minutinho?” Não gosto de esperar no aeroporto. Não gosto quando o farol abre e eu tenho que esperar que o motorista da frente dê a partida no carro que “apagou”. Esperar não é o meu dom. Entretanto, muito da vida se resume em esperar.
Mas Deus é a solução para o cansaço da alma. Em vez de correr, nos apressar e manipular as circunstâncias da vida, somos instruídos a esperar, mesmo que seja a tarefa mais árdua da esperança.
Henri Nouwen, em seu livro Sabbatical Journey (Viagem Sabática), escreveu a respeito de alguns amigos seus que eram trapezistas e se autointitulavam Hastes Voadoras. Eles contaram a Nouwen sobre a relação especial que os trapezistas devem manter entre si. Entre eles, há os que se soltam dos trapézios e há os responsáveis por segurá-los, logo em seguida. Como você pode imaginar, manter uma boa relação entre si é realmente importante – especialmente para aquele que se solta do trapézio esperando ser agarrado no ar pelo companheiro.
Acima da multidão de espectadores, o trapézio balança mais rápido a cada impulso. Logo chega o momento do trapezista se soltar. Assim que solta o trapézio e fica no ar, seu trabalho é permanecer imóvel para que as mãos fortes de seu colega possam segurá-lo. Os trapezistas disseram a Nouwen:
- Aquele que se solta nunca deve tentar se segurar. Deve esperar em absoluta confiança em que seu colega o segure.
Talvez você conheça muito bem o sentimento de vulnerabilidade que temos ao esperar. Você tem que deixar de lado seja lá o que Deus pediu que deixasse, mas não consegue sentir Suas mãos segurando-o nesse exato momento e sente vontade de começar a bater as asas por si mesmo. O que você faz? Espera em absoluta confiança?
Espere no Senhor. Aqueles que esperam no Senhor “renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. (Isaías 40:31).
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Karl Haffner é autor do livro Cura para a alma fatigada.